quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Teste de esforço cardiopulmunar

Dia 5 de dezembro realizei um teste de esforço cardiopulmonar. Conforme prometido em outro post vou contar como foi esse negócio.


Vc já se sentiu um rato de laboratório? Ou o Darth Vader do esporte? E que tal os dois juntos?

O teste é assim mesmo. Fizemos o teste na clínica do Dr. Marcelo Leitão. Esportista, cardiologista e grande conhecedor de medicina esportiva. Junto comigo estava meu irmão, Dr. Alcy Vilas Bôas Jr, Médico, ortopedista, especializado em cirurgia de joelho e reconstrução biológica articular. Nunca fiquei tão tranquilo para fazer força, qualquer coisa tava bem acompanhado.

Tudo começa com um exame clínico. Fizemos tudo junto. Como era um sábado pela manhã, tínhamos a clínica praticamente para nós. Como bom irmão mais novo deixei o Alcy fazer a corrida dele antes.

Após o exame clínico vem a depilação do peito, argh, pra colocar zilhões de eletrodos. Dá pra ver tudo na foto. Depois vem a máscara, aparelho no dedo, 50 fios pendurados, coisas super naturais. Quando você já tá pensando como que vai correr com aquilo tudo pendurado vem a melhor frase do dia, "respira normalmente e fica tranquilo" Como é que é? Tenho que fazer cara de paisagem parecendo um soldado da primeira guerra com aquelas máscaras contra gás.

Mas tudo bem. Da última vez que fiz um teste desses, a máscara não era tão boa e era necessário o uso de um clip no nariz. Essa é bem melhor. Você respira normalmente e ela quase não incomoda. Fica muito firme e não balança.


O objetivo deste teste, pelo lado do atleta é de direcionar os treinamentos. Para o médico, também é de verificar qualquer tipo de anomalia que indique uma limitação para exercício físico. Dá um certo temor. E se durante o teste eu tiver alguma arritimia ou coisa parecida e o médico virar pra mim e disser que tenho que parar de treinar? Como vou reagir? Existem casos deste tipo e é exatamente por isso que a MPR - assessoria esportiva que treino - pede que todo ano eu faça o teste de esforço, envie um atestado médico sobre isso e faça um exame de sangue completo. No meu caso o Dr. Leitão fez um exame mais completo ainda, que inclui os seguintes: colesterol, HDL, Triglicerídios, Ácido Úrico, Creatinina, Hemograma, Glicemia e Ferritina,  é mole? Eles estão certos e pra gente é uma segurança grande.

Depois de correr como doido por 12 minutos - usamos um protocolo com velocidade e nao inclinação da esteira - atingi os seguintes números: VO2 máx 63,35; FC máx 181; VO2/FC máx 20,9 VE máximo (BTPS) 115,5 LI a 14,2km/h com FC 163(90,1%) e LII a 15,6km/h com FC 171(94,5%)

Nada mal para 40 anos de idade. O mais engraçado é correr a 18,3km/h, que foi minha velocidade máxima e ficar imaginando um tombo. Se eu caísse naquela esteira, na velocidade que estava ia ser um estrago enorme. No mínimo eu ia sair voando pra trás e quebrar a parede que estava a uns dois metros da esteira. Mas era uma esteira muito larga e comprida, dava bastante segurança.

No fim foi divertido. Não foi a melhor maneira de me preparar para a última etapa do Troféu Brasil que foi em Santos no dia seguinte, ver post de 8 de dezembro sobre a prova.

Pra quem ainda não fez um teste desses, vale a pena. É sempre bom conhecer melhor a máquina que nos leva a linha de chegada das provas.

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