segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O corpo reage, e a mente?

É interessante ler as reações do corpo. O aumento de volume de treino das últimas semanas me deixou todo travado. Imagine um boneco de lata. Agora imagina esse boneco todo enferrujado. Doideira total.

Mas o mais interessante é o treinamento mental. Li ontem na Triathlete Magazine um artigo sobre como é necessário o treinamento mental para atingir a melhor performance no triathlon. Imagine o seguinte experimento: colocaram alguns ciclistas profissionais para pedalar durante um período de tempo num ritmo bastante forte, gerando por volta de 250w nesse período. Foi pedido a eles para parar no momento que não aguentassem mais. Todos eles foram submetidos ao seguinte desafio; pedalar forte por 5s logo após a parada por exaustão. O que ocorreu com todos? Geraram acima de 700w nesses 5s. Incrível. Se eles tinham parado por exaustão como seria possível gerar toda essa potência imediatamente após a parada? A mente é incrível.

Dois exemplos: sábado fui pedalar em Romeiros novamente. Encarei uma subida que nunca tinha feito. Não sabia o que esperar, mas me falaram que não era tão forte. Começamos a subir depois de Itu pela Rondon para voltar a Cabreúva. Nunca imaginaria isso. 17km de subida. Não era nada íngrime, mas constante e estava ventando forte contra. Como não sabia o que vinha pela frente usei a velha tática de olhar dois metros a frente da roda e não levantar a cabeça. Na hora que você levanta a cabeça e realiza o que ainda tem pra subir, já era.

Foi um dos treinos mais fortes de subida que fiz esse ano. E para minha surpresa foi fácil. Eu estava totalmente preparado para fazer força e encarar o que viesse pela frente. Estava determinado a manter o ritmo e puxar o pelotão o quanto fosse preciso, e foi o que fiz. Dessa vez tive a companhia do Marquinho, que puxou tanto ou mais que eu, Flávio, que tá começando e tentando encaixar seus treinos e do Leandro, que estava meio sumido mas é um grande companheiro de treino.

Hoje foi o segundo teste em três dias. Após um dia de descanso, acordo com garoa e um pouco de frio em São Paulo. Nada demais, aqui não tem inverno, mas que preguiça que deu. Fui para a esteira fazer 12km a 5min/km (12km/h), é um ritmo bom para um treino regenerativo, a frequencia cardíaca não sobe muito e não precisa fazer força. Como foi difícil. Só lá pelo km 8 que a coisa começou a fluir. O que faço nesses momentos? Imagino que esse treino é o mais importante de todos e vou negociando pequenas metas intermediárias. É claro que a tv na frente ajudou, mas aguentar até a próxima música, ou até que o relógio chegue em tal ponto, ou então não olhar pro relógio até acabar tal parte de um programa, sei lá... Você enganando de alguma maneira.

A mente é forte e pode nos levar pro céu ou pro inferno em segundos. Atletas de endurance tem que colocar em suas cabeças a necessidade de treinar suas mentes. É fundamental.

Fui... amanhã coloco a segunda parte da Maratona de Badwater

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